O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos).
É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem, após muitos anos, se transformar em câncer.
EPIDEMIOLOGIA
É a terceira neoplasia mais frequente entre mulheres brasileiras.
Apenas 20% são diagnosticadas em estágios iniciais.
Estima-se que 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquirir o HPV ao longo da vida
FATORES DE RISCO
Presença de HPV nos subtipos 16 e 18 (está presente 99% dos cânceres de colo de útero)
Tenho HPV vou ter câncer de colo?
Não. Ter o HPV não é suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Outros fatores interferem com a própria imunidade da mulher.
O desenvolvimento do câncer de colo leva de 10 a 30 anos e somente 0,8% das mulheres que tem HPV irão ter câncer de colo.
Início das relações sexuais antes dos 16 anos;
Múltiplos parceiros sexuais;
Tabagismo;
Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais;
Imunossupressão.
SINTOMAS
As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor, nem sempre nessa ordem. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um posto de saúde para tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for o caso.
Por isso é importante o exame de Papanicolau (preventivo).
PREVENÇÃO E DIAGNOSTICO
A infecção genital pelo HPV é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.
Na grande maioria das vezes é precedida por lesões intraepiteliais tratáveis
Está relacionada a infecção do HPV com subtipos oncogênicos (16 e 18 -70% dos casos)
Vacina para HPV são 2 doses (0-6 meses)
Meninas de 9 a 14 anos
Meninos de 11 a 14 anos
Populações específicas são 3 doses (0-2-6m)
Pessoas vivendo com HIV de 9 a 45 anos
Oncológicos de 9 a 26 anos
Transplantados de 9 a 26 anos.
Vacinação contra o HPV
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros, causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.
Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids a vacina é indicada até 45 anos de idade. Para transplantadas e portadoras de cânceres a vacina é indicada até 26 anos de idade.
Preservativo
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
O uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Rastreio
O primeiro exame é clínico, feito no consultório
Exame Papanicolau (preventivo)
Se iniciada a vida sexual fazer o preventivo dos 25 aos 64 anos.
No início fazer anual, após ter 2 exames negativos fazer a cada 3 anos (trienal).
Pacientes imunossuprimidas:
Início de rastreio após o início da vida sexual, semestralmente, por um ano.
Seguimento anual enquanto persistir fator de imunossupressão.
Gestantes:
A coleta pode ser realizada, inclusive de endocérvice, em qualquer idade gestacional, desde que indicada para a paciente
Pacientes homoafetivas:
O rastreio não difere das pacientes que têm relações sexuais com homens.
Colposcopia
Teste para HPV (testes de biologia molecular/captura híbrida)
Fonte: www.inca.gov.br - www.gov. br - www.familia.sbim.org.br
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