O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. É uma doença predominantemente de mulheres, mas também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
EPIDEMIOLOGIA:
É o câncer diagnosticado com maior frequência e a principal causa de morte por câncer em mulheres em todo o mundo. 1,67 milhão de casos novos diagnosticados, o que corresponde a 25,2% de todos os tumores malignos femininos (2012) Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 62 casos a cada 100 mil mulheres Número de mortes: 18.032, sendo 207 homens e 17.825 mulheres (2020 - Atlas de Mortalidade por Câncer
FATORES DE RISCO:
É o resultado da interação do estilo de vida, hábitos reprodutivos e meio ambiente. 5 a 10% - Hereditário 90 % - Esporádico Câncer de mama tem maior incidência após 60 anos, mas comportamento da doença é mais agressivo em mulheres jovens. Se diagnosticado no início, chances de cura são acima de 90%.
Fator de Risco Não mutáveis:
Ser mulher é o principal fator de risco
Idade quanto mais velha maior o risco
Fatores Genéticos (mutação nos genes BRCA 1 e 2)
Mamas densas
Menarca precoce (<10 anos)
Menopausa tardia (>55 anos)
Fator de Risco mutáveis (Estilo de vida):
Tabagismo e etilismo
Sedentarismo
Obesidade
Nuliparidade
1º filho após 30 anos
Amamentação a partir de 12 meses é uma proteção
Terapia de reposição hormonal com estradiol não deve ser indicada se alto risco de câncer de mama.
Alto Risco de desenvolver câncer de mama:
Parente de primeiro grau:
Câncer de mama antes dos 50 anos;
Câncer de ovário;
Algum parente do sexo masculino com CA de mama
* Não realizar ao menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada. Para maiores informações, consulte o Guia de Atividade Física para a população brasileira (abre em outra janela). **A mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama. Apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores. Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
DIAGNOSTICO:
Sinais e sintomas (quando desconfiar e procurar o médico)
Nódulo fixo, endurecido e geralmente indolor;
Alterações de pele;
Alterações no mamilo;
Nódulos na região axilar;
Descarga papilar (saída de líquido em uma das mamas)
Na maioria das vezes: assintomática! Por isso a importância da mamografia.
Mamografia é o melhor exame para diagnóstico precoce Ultrassonografia não substitui a mamografia Ressonância magnética das mamas não está indicada para rastreio da população em geral, deve ser indicado apenas para mulheres de alto risco.
Quando a mamografia indica suspeita de câncer de mama é indicado a realização de alguns exames que seu médico pode solicitar:
Biópsia aberta
PAAF (Punção aspirativa por agulha fina
Core biopsy
Imunohistoquímica
BRCA 1 e 2
Se o paciente tem um parente que tem uma alteração patogênica no gene BRCA1 ou 2 é indicada a pesquisa da mutação pois portadores de mutação germinativa em BRCA1 ou 2 têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama e ovário. Outros tumores associados a mutações em BRCA1 são o câncer de trompas de falópio e o câncer de próstata.
TRATAMENTO:
Se diagnosticado no início, chances de cura são acima de 90%. O médico pode fazer uso de uma diversidade de tratamento dependendo do caso do paciente.
Quimioterapia Radioterapia Cirurgia Hormonioterapia Bloqueador de estrogênio Anti-HER2
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