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Entenda: alimentação da mãe tem papel vital na fase da amamentação

Atualizado: 29 de jul. de 2018

É uma engrenagem que precisa ser ajustada entre os dois e, para funcionar bem, requer uma atenção toda especial com a alimentação da mulher, mesmo antes dela engravidar.

Como estará, ao mesmo tempo, amamentando e gestando, é necessário que a mulher tenha uma alimentação adequada e saudável para garantir uma boa produção de leite e um ganho de peso adequado na gestação.



Assim que começar a vontade de ter um filho, a futura mãe já deve optar por uma alimentação saudável. É preciso regular os índices corporais para garantir a saúde do feto e da gestante. “Na gestação, a criança já recebe contato com a alimentação materna e, por isso, é preciso que a mãe tenha hábitos mais saudáveis”, explica a coordenadora dos Bancos de Leite do Distrito Federal e pediatra, Miriam Silva.


O leite materno pode variar também de sabor de acordo com a alimentação da mulher. Por meio do leite materno o bebê entra em contato desde cedo com sabores dos alimentos ingeridos por sua mãe, o que influencia positivamente as  reações da criança quando ela começar a recebê-los de fato, a partir dos 6 meses.


Cuidar da saúde da mulher A mulher não pode descuidar da sua saúde, por mais ocupada e envolvida que esteja com os cuidados do bebê. Tanto a saúde física quanto mental são importantes nesse período. Há aspectos particulares da saúde da mulher, como a alimentação e hidratação, que merecem atenção redobrada. Durante a amamentação, a mulher costuma sentir mais sede e fome.

O ideal é que ela siga as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira: fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades; limitar o uso de alimentos processados; evitar o consumo de alimentos ultraprocessados; comer com regularidade, devagar, em ambientes apropriados e, sempre que possível, estar acompanhada de familiares, amigos ou colegas de trabalho.


Essa memória alimentar adquirida na barriga da mãe é levada pela criança por toda a vida. Por essa razão a alimentação materna é tão importante. A depender do que a mãe come, e da maneira como ela lida com os alimentos, a criança poderá ter ou não hábitos alimentares saudáveis, tendência à obesidade ou até mesmo adquirir algum tipo de doença crônica.


“Com alimentação correta, os riscos de problemas crônicos, como problemas cardíacos e diabetes, é menor. As células aprendem a viver de uma forma saudável, sem risco. A criança que não tem contato com açúcar até os dois anos de idade, por exemplo, não terá esse hábito na vida”, afirma a pediatra.  


Fato é que a mãe que se alimenta bem terá um filho com uma boa memória alimentar. Se desde cedo a criança aprender o valor dos alimentos, e se acostuma a conviver com produtos saudáveis, a chance dela comer com qualidade aumenta.


Lembrando que, nos dois primeiros anos de vida, não se deve adoçar frutas e bebidas com nenhum tipo de açúcar: branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco e nem melado, mel ou rapadura. Também não devem ser oferecidas preparações que tenham açúcar como ingrediente, como bolos, doces, geleias e biscoitos doces.


Muitos pensam que durante a amamentação a alimentação materna deve ser extremamente restritiva. Chocolate, café e brócolis já foram vilões e não eram nada recomendáveis. Com a evolução da ciência, muitos mitos vieram abaixo. Agora, o que vale é o bom senso. Pode-se comer, sim, esses e outros alimentos. Mas com moderação.

O Guia Alimentar para População Brasileira propõe que a alimentação seja baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal. As mães, devem também seguir as orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições, contidas no guia alimentar.

Uma coisa que poucos sabem é que todo o leite materno é adequado para alimentar o bebê. O corpo é capaz de gerar um alimento com todos os nutrientes necessários para a criança.


Dever de todos Criar uma criança, alimentá-la e educá-la não são trabalhos de uma única pessoa, mas tarefa de todos que estão ligados, direta ou indiretamente, à criança: mães, pais, parceiros, avós, irmãos, professores, cuidadores e qualquer outra pessoa que conviva com ela. A proteção da infância é responsabilidade de toda sociedade.

O ato de amamentar deve ser apoiado e protegido por todas e todos. A criança deve ser protegida da publicidade, tanto de fórmulas infantis industrializadas e como dos demais produtos lácteos que desestimulam o aleitamento materno, quanto daquelas que estimulam o consumo de alimentos ricos em açúcar, sódio e gordura e o consumismo. Este deve ser um compromisso compartilhado entre Estado e sociedade, incluindo empresas, organizações, família e educadores.

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