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Pediatria. Vamos falar um pouco sobre esse novo mundo.

Atualizado: 16 de fev. de 2022



CONSULTA PRÉ-NATAL PEDIÁTRICA


Os Planos de saúde já cobrem essa consulta.

A consulta pediátrica pré-natal é uma entidade desconhecida da maioria dos casais grávidos, e até mesmo de muitos médicos e obstetras. Essa consulta pediátrica pré-natal deve ser realizada em torno de 32 semanas de idade gestacional.


A inserção do pediatra no terceiro trimestre do pré-natal representa uma oportunidade de antecipação de riscos e um dos pilares da tríade para redução da morbimortalidade neonatal, juntamente com a assistência ao recém-nascido (RN) em sala de parto e a consulta pós-natal dentro da primeira semana de vida. Reduz os medos e a ansiedade da família. Transforma os pais em melhores cuidadores.


Esta consulta deve ser realizada rotineiramente para todas as gestantes, não se restringindo à classificação de gestação de alto risco. Algumas situações podem aumentar o risco de complicações fetais e neonatais e tornam imprescindível a realização desta consulta:





Qual o mínimo de consultas a criança deve ter e o que é avaliado?


A relação com o pediatra começa na gestação, durante o pré-natal. O vínculo entre a mãe e este profissional possui total influência na formação do sistema imunológico e evolução da saúde do bebê, além do acompanhamento da alimentação, hábitos, crescimento e desenvolvimento adequados para cada criança.


Com base nisto, os responsáveis pela criança não devem levá-la ao pediatra somente em ocasiões de doença, mas seguir as indicações de frequência para as consultas para o auxílio na prevenção de problemas de saúde, além de servirem para o esclarecimento de dúvidas, orientações sobre a rotina da criança e as melhores formas de cuidar dela através da recomendação de vacinas e exames necessários, instruções sobre os riscos da automedicação, entre outras ações.


Com base nas orientações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, sugere-se a seguinte periodicidade das consultas conforme estratificação de risco (BRASIL, 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012):




A tabela acima é uma proposta de periodicidade mínima para as consultas pediátricas, mas cabe destacar que algumas crianças necessitam de maior atenção e devem ser vistas com maior frequência.


PRIMEIRA CONSULTA DO RECÉM- NASCIDO

A primeira consulta do recém-nascido oportuniza a oferta de um conjunto de ações de saúde essenciais na Atenção Básica, sendo o primeiro contato após a alta da maternidade. A primeira consulta deve ocorrer na primeira semana de vida do RN ou na primeira semana após a alta.


Essas ações visam garantir a vinculação da família de forma precoce, permitindo a detecção de dificuldades e necessidades particulares da mãe e do bebê e de riscos e vulnerabilidades familiares.


CONSULTAS SUBSEQUENTES

É fundamental que o profissional e a família estabeleçam uma relação de confiança ao longo do acompanhamento. Através das consultas de seguimento preconizadas pelo Ministério da Saúde, são oportunizadas a oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de agravos.


Em cada consulta subsequente, o profissional deve:

• Ouvir as queixas referidas pelos acompanhantes e intercorrências;

• Acolher e apoiar a nutriz em suas dúvidas, dificuldades e decisões em relação à amamentação, observar posição e pega, realizar intervenção quando necessário, esclarecer sobre a amamentação sob livre demanda, alimentação da nutriz e informar sobre as leis que protegem a mulher que amamenta, no retorno ao trabalho;

• Realizar exame físico completo;

• Preencher os gráficos de peso, comprimento, Índice de Massa Corporal (IMC) e perímetro cefálico.

• Verificar o registro vacinal, conforme Calendário Nacional de Imunização vigente;

• Consultar os marcos do desenvolvimento para cada faixa etária no “Instrumento de Vigilância do Desenvolvimento”, presente na Caderneta de Saúde da Criança, preenchendo o instrumento de acordo com a idade da criança (em meses ou anos);

• Orientar pais e/ou cuidadores sobre como estimular o desenvolvimento da criança, conforme consta na Caderneta;

• Orientar que a higienização da cavidade bucal do bebê;

• Verificar e orientar quanto a alimentação da criança;

• Orientar quanto à prevenção de acidentes conforme a faixa etária, segundo o item: “Cuidando da segurança da criança: prevenindo acidentes e violência” da Caderneta de Saúde da Criança;

• Avaliar a capacidade visual e função auditiva;

• Avaliar o desenvolvimento da sexualidade;

• Avaliar o sono;

• Avaliar a exposição à mídia

• Agendar a próxima consulta.


Importante que em toda a consulta o pediatra faça as anotações na Caderneta de Saúde da Criança.


A Caderneta permite que informações fundamentais para a qualidade e segurança do cuidado estejam disponíveis e de fácil acesso e consulta para a família e para as equipes de saúde.




AVALIAÇÕES E MONITORAMENTO:


• Estado nutricional

• História alimentar

• Crescimento

• Estado vacinal

• Desenvolvimento neuropsicomotor

• Padrão de atividades físicas diárias

• Capacidade visual e função auditiva

• Saúde bucal

• Condições do meio ambiente

• Desenvolvimento da sexualidade

• Sono quantitativo e qualitativo

• Exposição à mídia



EXAMES

Quando a criança nasce é importante realizar o Teste do Pezinho logo nos primeiros dias.

A triagem neonatal deve ser coletada preferencialmente entre o 3° a 5° dia de vida, podendo ser realizada entre zero e 28 dias de vida. Recém-nascidos que receberam transfusão sanguínea antes da coleta da amostra para triagem neonatal devem repetir a coleta conforme orientação médica.

Geralmente ao nascer o único exame realizado é o teste do pezinho. Algumas vezes o médico pode solicitar exame de bilirrubina para avaliar a icterícia (pele amarelada).



Um novo exame importante de ser realizado é o Teste da Bochechinha que investiga doenças que podem se manifestar na infância, todas com tratamento já disponível no Brasil. Para isso, a amostra do bebê é analisada com uma técnica chamada de Sequenciamento de Nova Geração, a mais moderna técnica de Genética. Essa abordagem inovadora rastreia simultaneamente várias regiões do genoma do bebê para identificar mais de 340 doenças. A análise feita direta no DNA apresenta uma grande vantagem, pois identifica o risco da doença antes mesmo de qualquer sinal clínico ou sintoma.


Quando a criança completa 1 ano é importante realizar os seguintes exames:


• Hemograma

• Reticulócitos

• Glicose

• Colesterol total e frações

• Triglicerídeos

• Ferro

• Ferritina

• Índice de saturação da transferrina

• Vitamina D

• Sumario de urina

• Parasitológico de fezes com baerman




O que são e como acompanhar os marcos do desenvolvimento infantil?


Os marcos do desenvolvimento infantil são referências usadas para acompanhar o crescimento dos pequenos.


Isso pode gerar comparação e preocupação em alguns pais e cuidadores, o que é absolutamente normal. Afinal, eles só querem o melhor para seus filhos. No entanto, devemos lembrar que os marcos do desenvolvimento infantil são apenas padrões, e não regras.


Qual é a importância de acompanhar os marcos do desenvolvimento infantil?

Como dissemos, os marcos do desenvolvimento infantil servem para termos uma base de quais habilidades nossos filhos podem adquirir em cada fase da infância. Contudo, não é uma tabela de regras, em que todas as crianças devem se encaixar e as que estiverem de fora estão com problemas.


Cada criança tem o seu tempo para criar novas habilidades. Os marcos do desenvolvimento são apenas referências usadas para que você possa observar e se adiantar para o próximo passo. Por exemplo, se o seu bebê já consegue sustentar a cabeça, a etapa seguinte pode ser aprender a sentar. Dessa maneira, você pode fazer brincadeiras que estimulem essa habilidade, e assim por diante.


Quais são os marcos do desenvolvimento infantil?

Agora que você já sabe a importância de acompanhar os marcos do desenvolvimento infantil, que tal descobrir quais são eles? Assim, dá para ter uma noção das habilidades que o seu filho conquistará ao longo dos meses.


As habilidades são desenvolvidas em todos os aspectos: social, emocional, linguístico, cognitivo e físico. A seguir, mostramos algumas delas, conforme a idade média em que costumam ser conquistadas. Acompanhe!


2 meses

• Seu bebê já reage a sons mais altos;

• Começa a sorrir para as pessoas;

• Produz sons borbulhantes;

• Acompanha um objeto em movimento;

• Leva as mãos à boca.


4 meses

• Seu pequeno mexe os olhos para qualquer direção;

• Sorri espontaneamente para as pessoas;

• Alcança brinquedos com as mãos;

• Mantém a cabeça firme, sem suporte;

• Empurra as perninhas para baixo ao colocarmos seus pés em uma superfície rígida;

• Reproduz sons com a boca.


6 meses

• Seu pequeno rola em duas direções;

• Reconhece familiares e começa a saber quem lhe é estranho;

• Responde ao que houve emitindo sons;

• Tenta pegar objetos ao seu alcance;

• Começa a se sentar sem apoio;

• Ri ou grita.


9 meses

• Seu bebê pode ter medo de estranhos;

• É muito grudado aos familiares;

• Entende o “não”;

• Balbucia palavras como “mama” e “papa”;

• Pega objetos fazendo o movimento de pinça com os dedos;

• Senta-se sem suporte.


12 meses

• Seu bebê fica tímido ou nervoso com estranhos;

• Chora com a ausência dos familiares;

• Tem coisas e pessoas favoritas;

• Responde a comandos simples de voz;

• Tenta reproduzir as palavras que ouve;

• Copia gestos;

• Fica de pé se apoiando em móveis;

• Pode dar alguns passos sem apoio.


18 meses

• Seu bebê gosta de entregar objetos às pessoas;

• Fala palavras simples;

• Balança a cabeça para “sim” e “não”;

• Sabe para que servem os objetos mais comuns, como escova e colher;

• Aponta para partes do corpo;

• Anda sozinho.


24 meses

• Imita os outros, tanto adultos quanto crianças maiores;

• Gosta de brincar com outras crianças;

• Conhece o nome dos familiares e de alguns objetos;

• Diz pequenas frases, de duas a quatro palavras;

• Começa a aprender cores e formas;

• Consegue chutar uma bola;

• Começa a correr.


Converse com o pediatra

O seu pediatra é a pessoa mais indicada para você conversar sobre o desenvolvimento do seu filho. Em caso de dúvidas e inseguranças, não hesite em procurá-lo. Se for necessário, ele indicará o acompanhamento de outros profissionais.

Não compare

Comparar uma criança à outra não é saudável, pois o ritmo de cada uma é diferente. Não é porque o seu filho demorou um pouco mais do que o primo dele para começar a engatinhar, por exemplo, que ele está atrasado ou que isso seja motivo para preocupação.

A não ser que haja alterações importantes nesses marcos, mas isso quem vai poder diagnosticar e explicar é o seu pediatra. Até lá, mantenha a calma e não compare seu filho com os coleguinhas.

Quando ir ao Pronto Socorro?


Muitas mães por dificuldade de acesso ao pediatra ou por medo acabam levando seus filhos(as) ao Pronto Socorro (emergência) sem necessidade e expondo-os a viroses.



MOTIVOS PARA IR AO PRONTO SOCORRO


• Febre muito alta

• Abatida/gemente

• Vômitos que não param / diarreia líquida intensa

• Dor de cabeça súbita forte

• Falta de ar, crise asmática forte

• Acidentes e traumas, intoxicação

• Urgências em que o pediatra não pode ser encontrado




Referência:
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / Organizadores Dennis Alexander Rabelo Burns et al. 4ª ed. Barueri, SP: Manole, 2017.
YAMAMOTO, Ricardo M. et al. Manual de atendimento em Consultório e Ambulatório de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro, 2006.
Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Caderneta da Saúde da Criança e do Adolescente: Instrumento de vigilância e promoção do desenvolvimento. Guia Prático de Atualização, Sociedade Brasileira de Pediatria, novembro 2017.

https://blog-pt.kinedu.com/marcos-do-desenvolvimento-infantil-2/

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